sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A Norte

No coração da Afurada



São coisas como esta que me fazem gostar tanto do Norte e da sua gente: a naturalidade com que as pessoas são iguais a si mesmas como se, em redor delas, o mundo não existisse ou não tivesse qualquer importância.



Passear pela Afurada, ali aos pés de Gaia e à porta do Porto, é uma prova disso mesmo. Descendo até à beira rio o cenário vai-se alterando: do meio de torres altas e centros comerciais, entrar na Afurada é quase um recuar no tempo.

Pequenos barcos de pesca ancorados à terra e que ondulam ao sabor da corrente do Douro, mulheres vestidas de preto, sentadas em pequenos grupos à porta das casas, roupa lavada nos tanques públicos e estendida em cordas espalhadas por pequenas praças em frente ao rio. Cheiro a sabão e peixe.






Foi assim o meu domingo à tarde: um passeio com vista para o Douro e ares de maresia. Ao som de gaivotas e conversa fiada, de janela para janela. De rua para rua.


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